Após mais de 1 ano de pandemia e distanciamento social, o home office possui outro status: passou de uma alternativa para a realidade. Segundo o IBGE, em agosto de 2020, 8.3 milhões de pessoas estavam trabalhando de suas casas, com 46% das empresas adotando essa modalidade. Para que o home office funcione, é necessário possuir um bom acesso à internet e uma rede de energia elétrica com abastecimento confiável, além de outros fatores.
Essa facilidade do trabalho remoto também influenciou a mudança das pessoas para locais mais afastados dos grandes centros. Ainda assim, a necessidade de uma infraestrutura mais completa, com internet, energia elétrica, saneamento básico se faz presente, mas precisa ser complementada com outros serviços, como escolas, hospitais, segurança pública, tudo para manter as pessoas morando nesses lugares de forma definitiva.
Apesar de enumerarmos os diversos bons aspectos do home office, ainda existem dúvidas acerca dessa modalidade de trabalho. Por exemplo, como lidar com o senso de pertencimento dos colaboradores das empresas, no período de distanciamento? A falta da presença física nos locais de trabalho é um dos fatores que podem acabar afetando a cultura organizacional das empresas. Por isso a adoção do trabalho híbrido é uma das alternativas para sanar esse tipo de problema que surgiu durante o isolamento social.
O home office foi uma das alternativas, senão a principal, para manter as empresas funcionando, salvo exceções que não podem se valer dessa opção. Cerca de 35% dos empresários têm a intenção de manter esse tipo de atuação em um futuro próximo. Mas como será o home office no pós-pandemia? Muitas empresas ainda adotarão essa modalidade de trabalho? Claudio Hermolin, CEO da Primaz, responde: “O número de empresas que permanecerão em home office, mesmo depois da pandemia, talvez não seja tão expressivo. Infelizmente, em um país de tantas desigualdades e problemas de infraestrutura, o número de pessoas que permanecerão em home office após a pandemia será pequeno.”